GERENCIAMENTO INTEGRAL, FILOSOFIA PROFISSIONAL

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charge1Não costumo fazer relatos pessoais no blog, mas esse aqui é emblemático.

Uma cena trivial provocou uma verdadeira emersão de conceitos que me sinto na obrigação de compartilhar.

Ao passar por um muro grafitado com a imagem ao lado, meu filho me perguntou: “mãe, é a copa do roubo?”.

Para além da “inocência da resposta das crianças” fica a questão do forte impacto das mensagens no subconsciente da sociedade como um todo.

Se para uma criança de 5 anos a associação foi imediata o que não pensar em nível de nação? E o quão familiarizados estamos com esse tipo de conceito ao ponto de nos anestesiarmos por força do hábito ou condescendência? Que tipo de patriotismo construímos?

Uma pessoa que não tem uma relação de afeto com sua pátria pouco se sensibiliza com os efeitos de suas atitudes no coletivo, logo tende a ser mais oportunista egoísta e menos solidário, sem fazer juízo de valor na relação de idoneidade de suas atitudes.

Existe também um distanciamento óbvio entre o que queremos, o que precisamos,  o que dizemos e o que de fato fazemos. A expectativa em geral é maior que a realidade em todos os sentidos…

downloadNa sequência o filósofo contemporâneo Guizinho inquiriu: “mãe, como pode alguém roubar o dinheiro da copa? A copa tem dinheiro? Pq não está no banco?”

Bem…vai agora explicar para o moleque que valor não é preço, que atraso e má qualidade custam caro, que utilidade é fator de sucesso, que produtividade baixa aumenta o custo, que o orçado deveria se refletir na execução, que o valor pago (impostos) deveria refletir a qualidade dos serviços, que toda ação feita com verba pública deveria agregar valor direto à população e que essa percepção de valor nem sempre é imediata…

Um exemplo disso é o Opera House de Sidney, o projeto demorou 10 anos a mais para ser concluído e custou quase 15 vezes o valor orçado, porém, colocou a cidade de Sidney definitivamente no mapa sendo hoje considerado Patrimônio Mundial pela Unesco…o impacto e a complexidade podem justificar os percalços se a estrutura em geral estiver saudável.

O hoje muitas vezes não nos dá muitas pistas sobre o amanhã, mas o amanhã definitivamente é construído hoje…486933_470188396339140_1236176086_n

A grande sacada é que tudo depende do cenário: uma situação pode ser ótima ou terrível dependendo do contexto e do ponto de vista do avaliador. Do meu ponto de vista a imagem avaliada pelas questões propostas pelo meu filho de apenas 5 anos foram um bico na canela.

A quantidade de conceitos de gestão (design thinking, produtividade, efetividade, autoridade, responsabilidade), marketing (utilidade, percepção, satisfação, etc),  psicologia (ética, estampagem social) e cidadania inclusos em um mísero grafite deveria ser alvo de estudo.

Preferia 100 vezes responder de onde vêm os bebês do que tentar explicar o cenário brasileiro e o comportamento obtuso da nossa sociedade.

MAFALDA ANO NOVO

Bem vindos a nave Você transitando pela galáxia da sua Vida rumo a mais uma jornada.

Nossa missão é alcançar a felicidade, nosso prazo é agora e sempre, nossos recursos são um punhado de sonhos e desejos de sucesso.

O natal é como a preparação para essa grande viagem, onde enchemos nossos corações de bondade e amor embarcando no espírito da confraternização. A festa das luzes situada estrategicamente perto do solstício não é ofuscada nem em terras tropicais. Guardamos esse grito de guerra ancestral camuflado em mitos e religiões que dizem à morte, à degradação que a vida supera, que alegria transgride brilhando renovada em uma nova oportunidade, uma promessa de dias melhores, mais longos, mais prósperos.

Assim completamos nossas provisões de energias positivas e nos preparamos para alçar voo com fogos e rojões, rompendo as amarras que nos impedem de crescer.MC900341801

Deixamos 2012 velhinho, com o todo o peso de nossas decisões, com a sabedoria das nossas experiências e com um beijo de gratidão vamos seguir nossa estrela guia em busca da esperança renascida em um 2013 novinho em folha, de braços abertos que nem nosso cartão postal (ok, nem todo mundo tem sorte de morar na cidade maravilhosa rs).

Espero encontra-los ao longo dessa jornada, para trocarmos, somarmos, multiplicarmos e replicarmos no mundo cada pecinha desse quebra cabeça incrível que se disfarça de trabalho, tira marra de emprego, brinca de nos desafiar e finge que nos tira tempo, esforço, quando na verdade está nos ensinando a progredir.

 Gestão, administração, projetos, se olhar de perto é tudo gente, trabalhando para gente, para gerar valor para mais gente. Não há limites para o ser humano, assim como não há separação nem limites para nosso sucesso, de acordo com nosso plano: Felicidade hoje, sempre e para sempre!

Boas Festas!

O homem é um grão poema de Quirino

O homem é um grão na imensidão da Terra e não erra quem diz que a Terra inteira é um grão de poeira no Universo e que meu verso é nada comparado a tais grandezas. Mas digo com certeza, meu verso comparado a vida tem algum valor, pois há de ficar quando minha vida se for. Então me respondam por favor: Qual o valor mais alto, o Universo, a Terra, a Vida, ou o Verso? É verdade que o homem é um grão na imensidão da Terra. Mas é um grão que guarda em si a Vida, o Amor e o Verso. Então, se dá o reverso, o grão de pó ganha grandeza e nós ganhamos a certeza que a poesia indica que as eras do Universo passam, e o homem que ama fica!

Da obra de Carlos Alberto Soffredini – Hoje é Dia de Maria 

Baseado no livro “Como chegar ao sim” de Roger Fisher, William Ury e Bruce Patton da Harvard Law School.

Negociação pode ser definida como “Comunicação bidirecional concebida para chegar a um acordo, quando existem alguns interesses em comum, porem manifestam-se algumas divergências. Geralmente envolve um dilema entre conseguir o que se quer e manter o relacionamento com o interlocutor.” As funções da negociação são: produzir um acordo sensato e aprimorar ou pelo menos não prejudicar o relacionamento entre as partes. O acordo produzido deve ter efeitos duradouros e não gerar novas e desgastantes rodadas de negociação.

Os métodos de negociação usuais se dividem em dois tipos de postura: áspera e afável, onde a negociação baseia-se em posições assumidas por ambas as partes e na barganha por concessões a partir delas.

A Harvard Law School sugere um novo tipo de abordagem a “negociação baseada em princípios” que consiste em decidir as questões a partir de seus méritos, mesclando as abordagens áspera e afável sendo “rigoroso quanto ao mérito e brando com as pessoas”. A ideia é fornecer uma via segura para obtenção daquilo que você tem direito a partir da imparcialidade de posturas.

Um ponto que difere a propostas da negociação baseada em princípios das demais é que o fato do seu interlocutor ter acesso à mesma técnica não dificulta a sua negociação – ao contrário – facilita as coisas.

As formas comuns de negociação dependem de assumir sucessivamente e depois abandonar uma série de posições. O problema é que quanto mais uma posição é defendida mais a pessoa se compromete com ela, pois é necessário defende-la, embasa-la, e esse processo torna muito mais difícil abandona-la ou aperfeiçoa-la através da discussão. Com o tempo negociação deixa de ser focada na busca de uma solução para virar uma disputa de posições com o risco de se converter em uma disputa de vontades gerando raiva, ressentimento e a perda da colaboração. Quanto mais as posições são valorizadas menos atenção é voltada para os interesses subjacentes de ambas as partes e com isso o acordo torna-se menos provável. Quanto mais extremadas as posições iniciais menores são as concessões e maiores serão o tempo e o esforço empregados.

Arrastar-se, ameaçar, abandonar as discussões, erguer barreiras e outras táticas acabam sendo usadas, fazendo com que o processo demore ainda mais e aumentando também o esforço, o ônus e o risco do acordo nem acontecer.

Quando existem muitas partes envolvidas na negociação a barganha de posições se torna ainda mais difícil produzindo acordos bilaterais e coalizações que não atendem ao interesse coletivo. Muitas vezes as afinidades que unem esses blocos são mais simbólicas do que factíveis gerando uma série de negociações internas e mais dificuldade na obtenção da solução inicial. Após a difícil elaboração das posições de cada bloco se torna mais difícil modifica-las para se chegar ao acordo coletivo.

Ser gentil e amistoso também não é a resposta. Muitas vezes a parte que procura enxergar o adversário como um amigo tende a enfatizar a relação e a construção de um acordo em detrimento de seus objetivos. Essa abordagem costuma sair em desvantagem caso o interlocutor esteja negociando de forma agressiva.

O jogo da negociação acontece em dois níveis: o primeiro trata do objetivo, o motivo da negociação, o outro trata do modo, a forma como o acordo irá acontecer para gerar o resultado esperado. Um jogo sobre o jogo

Geralmente o segundo nível só é conscientemente observado quando as diferenças de procedimento entre as partes (devido a cultura, ramo de negócio, etc.) são significativas.

A proposta da Negociação por mérito é trabalhar esse segundo nível considerando 4 princípios:

  • Pessoas: separe as pessoas do problema
  • Interesses: Concentre-se nos interesses, não nas posições.
  • Opções: Crie uma variedade de possibilidades antes de decidir o que fazer.
  • Critérios: Insista em que o resultado tenha por base algum padrão objetivo

Como funciona?

Lidar com pessoas significa a lidar com um pacote de emoções fortes, percepções diferentes e barreiras de comunicação. Tipicamente as emoções se misturam com o problema, logo é necessário separar as coisas friamente atacando o problema e nunca as pessoas.

Ao negociar as pessoas frequentemente obscurecem suas verdadeiras intenções esperando obter as vantagens necessárias como plano de fundo da negociação em pauta. É preciso descobrir os interesses ocultos que levaram as pessoas a assumirem as posições que estão defendendo.

Segundo o livro “Tomar decisões sob pressão, na presença de adversários é algo que estreita a visão. Ter muita coisa em jogo inibe a criatividade. O mesmo se aplica na busca de uma única solução correta.” A solução seria pensar em uma gama de opções possíveis, testando cada opção até encontrar a mais satisfatória. Isso desvia o foco do problema posicionando ele na busca por soluções.

Quando os interesses são diametralmente opostos alguns negociadores tentam obter vantagens (e muitas vezes conseguem) apenas sendo teimosos. A solução encontrada com esse grau de intransigência geralmente é arbitraria. Uma solução possível nesse tipo de situação seria insistir no uso de algum critério razoável – como valor de mercado, opinião especializada, costumes, lei – para conduzir a negociação com mais equidade. Dessa forma nenhum dos lados precisará fincar os pés em posições podendo juntos buscar a melhor solução.

A princípio a afirmação “a negociação de acordos sem concessões” parece utópica, mas se torna perfeitamente lógica a partir do momento que as posições são suplantadas pelo foco na situação em pauta. Se os esforços se debruçarem sobre a questão de forma clara não haverão concessões a serem feitas.

Será que é possível?

Por Irene Ciccarino, PMP

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Esse tema é recorrente aqui no Gerenciamento Integral (http://wp.me/p1TiPn-54), mas hoje eu quero tangibilizar essa ideia.

Sabe quando as coisas caminham mais lentas e enroladas do que você gostaria?

Ou quando vocês está super empolgado com uma ideia e tudo o que você encontra declara resistência e oposição a ela?

Ou quando você está exausto e seus vizinhos simplesmente resolvem fazer barulho e não te deixam dormir? Não esqueça que você tem uma reunião importantíssima na manhã seguinte, no primeiro horário!

Ou ainda quando você se decepciona com alguém ou consigo mesmo?

Todas essas variantes são geradas pela influencia de fatores externos e acabam minando sua motivação, por mais que você esteja de fato empolgado com alguma coisa.

Mas da mesma forma que tomar um fora ou uma fechada no trânsito podem baixar sua carga de energia e plantar a sementinha do desanimo, o mundo tende a ser igualmente generoso em inspirações positivas. Filmes, livros, músicas, personalidades nas quais podemos nos espelhar, grandes feitos, desde a idade média o homem cunhou seu ideal de inspiração ante as mazelas do mundo e eles tinham bons motivos para estarem desmotivados: peste, fome, inquisição…

Ok, nosso ancestrais medievais iam totalmente contra as ideias cleans que permeiam tanto a arquitetura quanto a moda contemporânea, mas a sacada de procurar se cercar pelo bem, bom, belo vendo nesse conceito o caminho mais seguro rumo à verdade foi uma sacada de mestre. Quem não quer ser, ter, ver e sentir o melhor?

Já existem estudos que comprovam que a presença de cachorros melhoram a motivação e o desempenho de trabalhos estressantes (por serem arriscados, noturnos, etc) como o dos seguranças.

Temos exemplos fantásticos como os Doutores da Alegria que imprimem melhoras significativas nos prontuários de doentes com graves doenças.

Bebes dormem melhor ouvindo música clássica, pessoas com dificuldade motora melhoram através do contato com cavalos, idosos e pacientes com depressão melhoram através do toque (enfermeiros carinhosos e atenciosos, ou até mesmo massagens), e todos nós sorrimos e acreditamos em dias melhores quando vemos uma criança sorrir.

Com tantos exemplos da influencia positiva de fatores que estimulem nossos sentidos porque não levar isso para nossas vidas e nossas equipes?

Já distribui chocolates em reuniões tensas (sim, tenho sempre um pouco na bolsa!) e isso quebrou o gelo e “adoçou” a discussão.

Já abracei membros da minha equipe para conforta-los.

Já coloquei a música mais feliz e barulhenta que tinha no meu computador para encarar um trabalho chatinho.

Já colei imagens dos meus objetivos no espelho do banheiro, na porta da geladeira (queria emagrecer!rs) e na frente do meu computador. E sempre tenho uma linda foto do meu filho para me dizer que todo esforço vale a pena.

Minha última medida motivacional foi colocar a música Firework da Katy Parry no meu despertador (5:00am, difícil!), compartilho a letra com vocês e espero que tenham gostado desse post mais filosofia do que gerenciamento, porque quando adotamos um pensamento integral eliminamos as fronteiras entre pessoal e profissional, tudo passa a fazer parte de uma mesma vida, dessa grande viagem de melhoria contínua e aprendizado múltiplo onde a felicidade pode e deve permear todos os nossos esforços sendo nosso caminho e principal objetivo.

http://www.vagalume.com.br/katy-perry/firework-traducao.html#ixzz23ceIEQXd

Firework Katy PerryDo you ever feel
Like a plastic bag
Drifting through the wind
Wanting to start again

Do you ever feel
Feel so paper-thin
Like a house of cards
One blow from caving in

Do you ever feel
Already buried deep
Six feet under
Screams but no one seems to hear a thing

Do you know that there’s
Still a chance for you
‘Cause there’s a spark in you
You just gotta

Ignite the light
And let it shine
Just own the night
Like the Fourth of July
‘Cause baby, you’re a firework
Come on show ‘em what you’re worth
Make ‘em go, “Aah, aah, aah”
As you shoot across the sky

Baby, you’re a firework
Come on let your colors burst
Make ‘em go, “Aah, aah, aah”
You’re gonna leave them all in awe, awe, awe

You don’t have to feel
Like a waste of space
You’re original
Cannot be replaced

If you only knew
What the future holds
After a hurricane
Comes a rainbow

Maybe a reason why
All the doors were closed
So you could open one
That leads you to the perfect road

Like a lightning bolt
Your heart will glow
And when it’s time you’ll know
You just gotta

Chorus
Boom, boom, boom
Even brighter than the moon, moon, moon
It’s always been inside of you, you, you
And now it’s time to let it through
‘Cause baby, you’re a firework
Come on show ‘em what you’re worth
Make ‘em go, “Aah, aah, aah”
As you shoot across the sky
Baby, you’re a firework
Come on let your colors burst
Make ‘em go, “Aah, aah, aah”
You’re gonna leave them all in awe, awe, awe

Boom, boom, boom
Even brighter than the moon, moon, moon
Boom, boom, boom
Even brighter than the moon, moon, moon

 

Fogos de artifício Katy PerryVocê já se sentiu
Como um saco de plástico
Voando com o vento
Querendo começar de novo

Você alguma vez já se sentiu
Se sentiu tão frágil como um papel
Como um castelo de cartas
A um simples sopro de desmoronar

Você alguma vez já se sentiu
Como se já estivesse enterrado
A sete palmos
Você grita, mas parece que ninguém ouve nada

Você sabe que há
Uma chance para você
Pois você tem um brilho
Você só tem que…

Acender a luz
E deixá-la brilhar
Seja o dono da noite
Como o dia da independência
Pois, baby, você é como fogos de artifício
Venha e mostre do que você é capaz
Deixe todos boquiabertos falando “oh, oh, ooooh”
Enquanto você cruza o céu

Baby, você é como fogos de artifício
Vamos, deixe as suas cores explodirem
Deixe todos boquiabertos falando “oh, oh, ooooh”
Você vai deixá-los todos estarrecidos.

Você não precisa se sentir
Como um desperdício de espaço
Você é original
Não pode ser substituído

Se você ao menos soubesse
O que o futuro lhe aguarda
Depois do furacão
Vem o arco-íris

Talvez a razão por quê
Todas as portas se fecharam
Seja pra você poder abrir uma
Que te leverá ao rumo perfeito

Como um relâmpago
O seu coração reluz
E você saberá quando chegar a hora
Você só tem que

refrão

Bum, bum, bum
Mais brilhante até que a lua, lua, lua
Esse sempre foi você, você, você por dentro
E agora é hora de deixar isso aparecer
Pois, baby, você é como fogos de artifício
Venha e mostre do que você é capaz
Deixe todos boquiabertos falando “oh, oh, ooooh”
Enquanto você cruza o céu
Baby, você é como fogos de artifício
Venha e deixe as suas cores explodirem
Deixe todos boquiabertos falando “oh, oh, ooooh”
Você vai deixá-los todos surpresos, surpresos, surpresos

Bum, bum, bum
Mais brilhante até que a lua, lua, lua
Bum, bum, bum
Mais brilhante até que a lua, lua, lua

 

Imagem1: http://www.escolalivre.net/fiquepordentro/4/motivacao

 

Por Irene Ciccarino, PMP

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“Compositor de destinos
Tambor de todos os ritmos
Tempo tempo tempo tempo
Entro num acordo contigo
Tempo tempo tempo tempo” Maria Gadú

A criticidade do tempo está em sua ambivalência, embora o tempo perdido não possa ser recuperado ele se renova a cada ciclo (dia, mês, ano, etc).

A grande questão é como fazer um acordo com essa dimensão tão importante e tão inerente às nossas vidas de forma que possamos nos sentir produtivos e eficientes.

Einstein dizia que “Falta de tempo é desculpa daqueles que perdem tempo por falta de métodos”, com algumas medidas muito simples podemos obter mais eficiência e adicionar menos frustração ao stress nosso de cada dia.

Podemos começar definindo o que é importante e o que é urgente.

Importante é algo que não pode deixar de ser feito, porém tem um prazo adequado para sua execução. Urgente geralmente é algo importante que deixou de ser feito e precisa ser executado em tempo exíguo.

Um simples Check list (lista de checagem, lista de tarefas, priorização de tarefas, etc) muito útil para que os pilotos não esqueçam de checar os equipamentos antes do vôo, pode ser útil também para utilização melhor do seu tempo.

Mas não surte! Nossa vida é sujeita a fatores externos alheios a nossa vontade não dá para fazer uma programação 100% segura das atividades de um dia, nem é bom que isso seja feito. Deixar margens de tempo livre vai garantir que aquela reunião de última hora, ou o trânsito imprevisto, ou o atraso daquele vôo tenham um impacto menor nas suas atividades.

Algumas pessoas podem ponderar que nem todo dia temos imprevistos, mas a questão é justamente estarmos preparados para quando eles acontecerem.

Não se iluda achando que no mundo empresarial com uma bela programação sua vida não estará mais sujeita a atrasos, pedidos de última hora e correrias, mas a idéia é justamente minimizar a ocorrência e o efeito dessas zonas de stress em nossa rotina. Está com tempo livre? Então o use para replanejar suas tarefas, priorizar atividade, repensar planos e contemplar coisas interessantes agregando cada vez mais informações de valor às suas atividades.

Seja paciente e não se cobre demais. A idéia é reduzir estresse e retrabalho, logo não adianta pirar se o planejamento da sua semana for para o ralo logo na segunda-feira. Warren Buffett disse: “As correntes do hábito são muito leves para serem sentidas, até que se tornem pesadas demais para serem quebradas.” Alguns hábitos deverão ser substituídos e um processo de mudança para ser eficaz deve ser bem estruturado.

A análise da nossa rotina de forma integral é fundamental para que um bom plano de eficiência possa ser aplicado, precisamos ter em mente que “uma boa coisa que nos impede de desfrutar de algo ainda melhor é, na verdade, um mal.” (Baruch de Spinoza). Respire fundo, trace seus objetivos e comece a pensar a melhor estratégia para encaixar nas míseras 24 horas que temos por dia todos os passos necessários para atingir seus objetivos, lembrando que somos seres holísticos e sociais, precisamos de tempos para dormir, comer, rir, sonhar, ser presente com a família, com os amigos, cuidar da saúde. Enfim, para que o seu planejamento dê realmente certo é preciso considerar todas as instancias da sua rotina, e priorizar não apenas atividades mecânicas, mas sim os objetivos que as motivam.

Aceite inclusive o tempo que essa mudança pode levar, respeite sua própria humanidade e siga em frente com otimismo e cautela. S. Handel foi prodigioso ao declarar: “Tudo tem o seu tempo: não podes produzir uma criança por mês, por engravidares nove mulheres.”

A pressa de ver resultados deve ser canalizada como um motor de incentivo e não como desculpa para arbitrariedade, o custo disso pode ser o retrabalho e nunca planejamos uma folga tão grande que comporte começar do zero novamente.

Gaste seu tempo planejando, aprendendo, melhorando suas relações e se permita acertar, ser dinâmico não é ser irresponsável seja com seus resultados ou com os resultados da sua atuação na vida dos outros.

No mais adote a premissa proferida por Norman Peale: “Não leve o amanhã para cama com você”, o vulgo “não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje” tantas vezes interpretados por nossas mães e acredite: ela realmente estava preocupada com você quando te dava esse conselho, e era a sua felicidade e não a sua produtividade o que realmente importava nesse momento.

 

Por Irene Ciccarino, PMP

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“O aspecto mais triste da vida de hoje é que a ciência ganha em conhecimento mais rapidamente que a sociedade em sabedoria.” Isaac Asimov

Desde tempos imemoriais o aprendizado era visto como algo inerente a sociedade, não como algo separado dela. Exemplo disso são os filósofos da antiguidade clássica cujo arcabouço de conhecimento abarcava da política à botânica, da medicina à astrologia.

O pensamento iniciado por Descartes e amplamente desenvolvido por Newton propiciou nossa atual visão reducionista de mundo. A vida e a sociedade passaram a ser vistas como engrenagens de uma máquina e a estrutura de investigação e pesquisa se desviou para a crescente especialização em temas, estudados individualmente. O individualismo e o isolamento característicos do nosso tempo são reflexos dessa forma de pensar, agir e organizar nossa sociedade.

A produção de conhecimento é um evento humano, logo uma mudança no estado da sociedade pode e deve afetar nossa forma de pensar e estruturar nosso conhecimento. Hoje começamos a engatinhar rumo a integralidade, definitivamente buscando reconciliar análise (separar para compreender) e síntese (unificação de conceitos) em um todo coeso. Talvez agora nossa sociedade comece a aprender na mesma velocidade que a ciência.

Nossas empresas e economias também são fenômenos humanos e logicamente acompanham essas mudanças de enfoque.

O termo globalização cunhado na década de 90 passou a ser um conceito intrínseco às teorias econômicas e as mais diversas formas de estratégia de desenvolvimento empresarial.

Outros termos começam a ganhar peso sob essa visão holística: sustentabilidade e responsabilidade socioambiental, entre outros ganham espaço nos planos de negócio, nos indicadores do BSC e em várias outras instancias.

Aos poucos deixamos de pensar o mundo como uma engrenagem de relógio para entendê-lo como um ser vivo em desenvolvimento, e esse fato faz toda a diferença explicando amplamente nossos dilemas e conflitos atuais.

Hoje para que um negocio mantenha-se competitivo à longo prazo ele deve se respaldar amplamente em processos que fomentem cooperação, comunicação e consciência.

A cooperação ajuda a equilibrar o enfoque competitivo que se enraizou na nossa sociedade desde o século XVII. A visão mecanicista do mundo e a exaltação extrema do método cientifico como única forma valida de aprendizado nos levou a crença de que compreensão significa dominação, como na expressão “dominar um tema”.

Nossa tecnologia foi desenvolvida para ter controle, produzir em massa e padronizar, como ferramentas para um crescimento ilimitado e irreal. Os profissionais sofrem cada vez mais especializações (um oceano de profundidade num copo de conhecimento) e as empresas recorrem obstinadamente aos seus opostos, os consultores (um palmo de profundidade num oceano de conhecimento), sendo ambos os casos desequilíbrios estruturais de uma visão que é construída desde a escola, onde as disciplinas são ensinadas separadamente e sem menção a sua aplicabilidade pratica ou as relações existentes entre elas.

A luta pela sobrevivência defendida nas teorias de Darwin, Hegel e Marx, cada qual em seu domínio cientifico, ficou tão arraigada no inconsciente das massas que usamos o padrão competitivo como base de nossas ações. Incentivamos a competição ou a obediente apatia sempre num contexto de dominação, enquanto cada vez mais a complexidade da nossa sociedade e o impacto das mudanças ambientais clamam por um enfoque cooperativo e associativo.

Antes se acreditava que fenômenos complexos poderiam ser entendidos se fossem fragmentados em partes menores. Após a descoberta do átomo e da teoria da relatividade de Einstein a ciência descobriu que o universo é um todo harmonioso e indivisível, uma rede de relações dinâmicas. As partículas subatômicas não são coisas, mas sim interconexões entre “coisas”. Não existe um elemento básico isolado, mas sim uma teia de inter-relações entre as partes de um todo unificado.

Quando lidamos com um todo maior e indivisível, assumimos que trabalhamos com estatística e probabilidade, não podemos enxergar uma verdade absoluta, apenas interpretar fragmentos dela. As bases de todas as ideias fundamentalista e intolerantes caem por terra. Precisamos chegar à menor parte da matéria para constatar que precisávamos de fato considerar a união e a vida como prioridades além de peças e produções em escala.

Não podemos mais ignorar tantos sinais de mudança e as empresas que quiserem se manter competitivas devem buscar servir à sociedade antes de preconizar apenas o lucro de seus acionistas. Isso não é utopia e sim sustentabilidade, num contexto de consumidores cada vez mais exigentes e conscientes devido à facilidade de informações é muito amadorismo imaginar que produtos e serviços possam ser comercializados indiscriminadamente sem agregar um valor efetivo à sociedade. “Fazer mais com menos recursos” é uma enganosa  alcunha que muitas vezes disfarça atos nada nobres como escravidão, insalubridade e poluição. Os preços nas prateleiras e a garantia crescente de produtos não compensa levar para casa as marcas desses atos.

Hoje qualquer pessoa pode participar ativamente da divulgação de notícias, encharcamos a internet com uma enxurrada de conteúdos que refletem a diversidade no mundo e essa diversidade ativa levanta rebeliões, ergue a voz e protesta, mas também “curte e compartilha” as amenidades que antes eram trocadas presencialmente entre amigos. Não vejo isso como sinônimo de frieza e distanciamento, mas como uma adaptação inteligente às agendas apertadas, ao transito e as horas de dedicação que hoje mais do que nunca devemos dispor para garantir a nossa “competitividade no mercado”.

Levar consciência às nossas atitudes diárias e entender que as ferramentas que dispomos hoje garantem a velocidade que precisamos para desacelerar o mundo e criar uma sociedade melhor, mais digna e igualitária é premissa para um desenvolvimento sustentável. Precisamos enxergar as oportunidades que se apresentam e cobrarmos de nós mesmos e do mundo uma postura iluminista que nunca sai de moda “liberdade, igualdade e fraternidade”.

 

Por Irene Ciccarino, PMP

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Baseado na obra de  Fritjof Capra, em homenagem a Rio+20

Estreei minha interação com os 5″ PM Podcast (http://www.ricardo-vargas.com/pt/podcasts/page/2/) com um assunto que particularmente adoro e fiquei inspirada para mais esse post. Obrigada Ricardo Vargas, gostei bastante do seu método.

A teoria sobre os estágios do aprendizado aborda o processo de assimilação de novos conhecimentos através de dois condicionantes: Consciência e Competência.

Colocando esse conceito num plano cartesiano conseguimos a seguinte definição:

1º estágio – Incompetente e Inconsciente: Trata-se do desconhecimento, a pessoa não só desconhece a existência do assunto como também desconhece sua ignorância sobre ele e talvez a importância dele para sua vida. Não é necessariamente um estagio ruim, é uma etapa natural, quando ainda não tivemos oportunidade de estar em contato com o tema em questão.

2º estágio – Incompetente e consciente: Este é a fase da apresentação. Descobrimos que o assunto existe, porém não o dominamos. Essa fase é crítica, pois algumas pessoas literalmente empacam nela. Aqui residem os repetidores de frases de impacto, os copiadores do Google, aqueles que só usam a terceira pessoa “segundo fulano” “fulano disse”. Devemos considerar que citações fortalecem uma argumentação e alguns tipos de conhecimento devem permanecer nesse estágio, afinal nem tudo é útil. O problema reside em agrupar todos os assuntos com os quais travamos contato (1° estágio) nesse patamar e não nos aprofundarmos em nada.

3º estágio – Competente e Consciente: Aqui desenvolvemos a habilidade técnica, conseguimos fazer o mais importante de qualquer processo de aprendizagem: tornar o conhecimento útil, oportuno e colher os resultados de sua aplicação. Quem sabe e sabe que sabe pode se aprimorar, treinar e ampliar sua visão tanto para desenvolver excelência (4º estágio) quanto para entrar em contato com outros assuntos relacionados.

4º estágio – Competente e Inconsciente: Parece estranho que a excelência resida num estado de inconsciência, porém nesse estágio adquirimos competências e habilidades que te permitem agir automaticamente sem raciocinar os processos necessários para chegar a um resultado. É o “saber de cor”  melhor expresso em inglês “know by heart” ou francês “connaître par coeur” – saber de coração, o saber intuitivo. Isso acontece quando se ganha fluência numa língua, quando não esquecemos como andar de bicicleta ou a tabuada de 2. Quando as respostas (certas!) são automáticas (sem esforço) podemos dizer que estamos no 4º estágio. O risco disso é a desatualização e defasagem, podemos enferrujar um conhecimento com o qual perdemos contato, mas se chegamos até aqui certamente não o esqueceremos (salvo casos patológicos).

A utilidade de conhecermos (1º estágio) esses conceitos está em conseguirmos pensar criticamente sobre o nosso próprio processo de aprendizado. Assim conseguimos nos motivar a sair da inércia do estado 2º estágio e avançarmos para os estágios 3º e 4º nos assuntos que farão diferença em nossas vidas.

Precisamos ter consciência sobre o que sabemos, o que não sabemos, mas deveríamos aprender e sobre o que precisamos melhorar. Nossa performance pessoal e profissional depende desse olhar crítico e do nosso profundo interesse em autoconhecimento.

“Toda ação equivale a uma reação de igual intensidade e sentido oposto”, isso não é Karma é Lei de Newton, física, lógica purinha. Nós criamos constantemente o mundo em que vivemos, logo quando progredimos devolvemos esse progresso ao mundo através de nossa atuação nele e das pessoas que estão em nossa zona de influencia.

E como priorizar esforços?

Por exemplo eu gosto da parte humana da gestão então tenho muita facilidade em aprender assuntos relacionados a esse tema, porém outras áreas certamente me são úteis, mesmo que tendo um pouco mais de dificuldade para ascender nos estágios de aprendizado. A questão é justamente analisar os assuntos que estão na minha zona de interesse por afinidade e por necessidade de forma que meu tempo seja focado nas atividades que:

  • Eu vou conseguir um desempenho melhor e mais rápido (quickwins).
  • São mais críticas para obter o resultado que quero, mesmo que sejam mais trabalhosas.

Através dessa ponderação simples podemos reorganizar nossa fila de livros e estabelecer metas de leitura, priorizar investimentos em cursos, a participação em eventos e manter um controle sobre o nosso comportamento de aprendizagem equilibrando nosso laser com momentos mais sérios.

Parece bobagem, mas torço que ao final dessa leitura você tenha ponderado sobre o seu tempo em redes sociais, aqueles assuntos interessante que ficaram mal trabalhados e algumas deficiências que precisam ser melhoradas.

Lembre-se, porém que estamos num mundo interconectado e as mídias sociais hoje desempenham um importante papel nas relações pessoais, profissionais e por que não de aprendizagem?! Não crucifique seu tempo no facebook, ou seus momentos de amenidades lendo gibi, romances ou assistindo a novela. Precisamos desses momentos para recarregar as energias tanto quanto precisamos levar consciência para a nossa relação de aprendizagem com o mundo a nossa volta (nem tudo está em livros!). Faça disso um momento prazeroso, cada pessoa aprende de forma diferente, mas isso é tema para um próximo post!

“Vivemos num mundo confuso e confusamente percebido.” É assim que o geógrafo Milton Santos inicia o livro Por uma Outra Globalização: do pensamento único à consciência universal. O autor faz uma análise da globalização e aponta três possibilidades. A primeira seria o mundo como nos fazem vê-lo, a globalização como fábula. Como exemplo, temos a ideologia da aldeia global, da velocidade da informação. Porém, o autor adverte que as informações são releituras da realidade feitas pelos atores hegemônicos da globalização e obviamente procuram manter a dominação por eles exercida. A segunda seria o mundo tal como ele é, a globalização como perversidade. O desemprego crescente, o aumento da pobreza, a tendência de diminuição do salário médio, o aparecimento de novas doenças e o reaparecimento de doenças tidas como erradicadas são exemplos da perversidade da globalização. A terceira é uma amostra de otimismo. O autor apresenta a possibilidade de uma outra globalização. Segundo ele, os avanços da técnica permitiriam que todas as pessoas tivessem melhores condições de vida. Bastaria redirecionar a técnica, que hoje serve a poucos, para servir à maioria.

Download do livro: http://www.4shared.com/file/119441827/ee40d434/Livro_-_Por_uma_outra_globalizao.html

Autor:  

Veja o post original em http://desenvolvimentoemquestao.blogspot.com.br/2009/07/por-uma-outra-globalizacao-milton.html

 

Dando sequência ao assunto iniciado no post “EQUIPE, PRA QUE TE QUERO?!”(http://wp.me/p1TiPn-8d) vamos avaliar agora as teorias sobre o processo de formação de equipes.

Para engajar pessoas com perfis, comportamentos e historias de vida diferentes numa mesma empreitada é essencial criar um ambiente onde cooperação, confiança e comprometimento sejam possíveis de forma que o conhecimento e a energia possa ser canalizado para um objetivo real, tangível e de beneficio coletivo.

É imprescindível que os membros da equipe vejam as metas como algo possível e importante, que de alguma forma faça sentido em sua teia interna de necessidades e expectativas.

Todo agrupamento de pessoas passa por 3 fases de relacionamento rumo ao seu desenvolvimento quanto equipe: Anomia > heteronomia > autonomia.

O melhor caminho para se entender essas fases é identificando as causas e os principais impactos das diferenças individuais no trabalho em equipe, diferenciando os conceitos de grupo e equipe e reconhecendo funções predominantes no trabalho em equipe

Precisamos também abstrair dos mitos de equipe perfeita e da demonização da hierarquia. Em alguns casos hierarquia e pouco espaço para palpites são vitais para o sucesso da ação, haja visto os casos médicos ou as incursões militares. Quando maior o risco e a precisão necessária menor é o espaço para negociação.

Sylvia Vergara nos diz que “uma equipe precisa de uma identidade em comum para se diferenciar de um grupo de pessoas. Equipes podem estar próximas ou não, mas a identidade permanece.”


Conjunto de pessoas também não é grupo,para isso é necessário ter:

  • Propósito em comum
  • Desejo explicito de estarem juntas
  • Sentimento de pertencimento
  • Sentimento de reciprocidade

Vejamos esse processo de formação:

Grupo primitivo:

Comporta-se como bando – pessoas unidas definido em torno de um líder sem procedimentos e papeis definidos. Sua estrutura é rígida, resistente a aprender com a experiência.

Grupo refinado:

Aberto a crescer e aprender através das diferenças, possui regras, mas está disposto a analisá-las e reformulá-las constantemente para aprimorar seu próprio funcionamento.

Tende a regredir para o estagio de grupo primitivo ante a situações de tensão e ameaça, a menos que sinta que está crescendo com os resultados de seus esforços.

São frutos de “Gestos de Esforços”, onde cada indivíduo adota atitudes antinaturais para se integrar e evitar conflitos.

Equipe:

A equipe funciona como um corpo, um sistema cujas partes individuais, embora conscientes, adotam uma atitude participativa ao ponto que seus feitos são notados como resultados do todo e não podem ser atribuídos individualmente.

Na equipe a realização coletiva engrandece o individuo e essa situação se estabelece por intermédio das lideranças e do comportamento da própria equipe.

A equipe se forma num estado de autonomia, conforme veremos a seguir:

Anomia:

É o período inicial, quando a equipe ainda é um grupo. Acontece quando as pessoas ainda estão se conhecendo ou quando um novo membro chega numa equipe ou grupo ainda em formação.

  • Ausência de diretrizes norteadoras do trabalho
  • Falta de definição de papeis
  • Desconhecimento entre os membros
  • Clima inibidor de entrosamento, atitudes autocentradas e relacionamentos superficiais.
  • Ausência de regras

Heteronomia:

  • Só evolui para o próximo estagio mediante a uma liderança.
  • Definição de objetivos
  • Aderência ou não às metas e metodologias
  • Subutilização dos membros da equipe
  • Disputas pelo poder
  • Fragmentação do grupo (panelinhas)
  • Se o grupo não evoluir para o próximo estagio tende a se manter num relacionamento imaturo e desnivelado pelo binômio dominação-passividade
  • Regras recebidas de fora, o poder exercido, quando é legitimado, atua como um agente externo numa relação de poder-obediencia.

 Autonomia:

  • Relações maduras entre o membros
  • Poder rotativo baseado na capacidade de cada membro em contribuir para o alcance da meta
  • Comum acordo na definição de metas e metodologias
  • Recompensa validada pela equipe gerando um clima de satisfação e comprometimento
  • Continuidade do trabalho, mesmo com a saída ou ausência de um dos membros
  • Rodízio de funções levando a uma situação policompetente e multifuncional, dando maior flexibilidade à equipe.
  • Regras geradas dentro do grupo. A liderança faz parte da equipe e seus decisões são reflexos da vontade coletiva.

Na fase de autonomia ou de equipe auto-organizada o líder cumpre sua derradeira atuação, tal qual comentou Peter Drucker. “Para que possam sobreviver, os líderes devem deixar de ser os condutores autoritários do passado e converter-se em integrantes das equipes do futuro.”

Um grupo se transforma efetivamente em equipe quando:

  • Compreende seus objetivos e está engajado em alcançá-los em conjunto
  • A comunicação é efetiva e as opiniões diferentes são aceitas
  • Estabelecem vínculos e as relações são baseadas em confiança
  • Assumem riscos de forma compartilhada
  • A energia é utilizada para o crescimento coletivo, a competição é para vencer coletivamente .
  • Atenção aos processos e esforço contínuo em melhorá-los

Cabe a um bom líder a função integradora de direcionar os esforços e proporcionar o melhor ambiente para a cooperação entre os diferentes talentos, porém as partes também influenciam o todo. Posturas como resistência a mudança, falta de convicção no potencial do grupo em alcançar os objetivos propostos, falta de ética e respeito, desmotivação, excesso de ambição, dificuldade em cooperar, podem atrapalhar de fato o desenvolvimento desse longo processo.

E assim como um bocejo que se espalha exponencialmente num ambiente essas posturas podem de fato se alastrar por todo o grupo e desvirtuá-lo de sua caminhada rumo a sinergia necessária para que possa se intitular como equipe.

Nesse longo processo tanto o patrocínio e direcionamento da liderança quanto a boa vontade e abertura dos profissionais envolvidos são necessários.

A equipe é um elemento de síntese, onde diversos ingredientes até mesmo antagônicos, numa primeira analise, devem se reconciliar em busca de sua essência complementar.

Conflitos sempre vão existir, mas como dizia Chaplin “Não devemos ter medo dos confrontos… até os planetas se chocam e do caos nascem as estrelas.”

“A estratégia sem tática é o caminho mais lento para a vitória. A tática sem estratégia é o ruído antes da derrota.”  Confúcio

Muito se fala em estratégia de negócios, mas até onde esse conceito é claro na banalidade de seu uso?

Segundo a Wikpedia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Estrat%C3%A9gia) estratégia é: palavra que vem do grego antigo stratègós de stratos, “exército”, e ago, “liderança” ou “comando” tendo significado inicialmente “a arte do general”.

De forma mais prática trata-se da estruturação de um plano para se chegar a algum objetivo pré-definido, empresarialmente falado é o caminho para obtenção de alguma vantagem competitiva.

Sob essa visão literal a estratégia seria concebida pela alta gerencia e replicada para os demais colaboradores da empresa (top-down), funcionando como um direcionador de esforços para atingir determinado objetivo (visão, meta).

Porém, segundo Mintzberg e Waters (1985) essa estratégia pode ser intencional, quando estruturada formalmente de acordo com os padrões direcionados pelos tomadores de deicisões (top-down) ou emergente quando se deriva de um padrão de ação (bottom-up).

A Visão de uma empresa (vide: http://wp.me/p1TiPn-79) seria um exemplo de estratégia intencional, ao passo que uma alteração de processo combinada entre colegas que desempenham funções complementares seria um exemplo de estratégia emergente.

Existem tantas definições de estratégia quanto existem pensadores na área de administração, porém prefiro a vertente que divide estratégia de tática.

Nesse caso estratégia seria a diretriz macro, enquanto a tática seria o plano de ação, ambas consoantes a uma objetivo em comum.

Uma boa estratégia deve extrapolar o ambiente interno da empresa, olhando para seu entorno, para o mercado e suas concorrentes.

Por que olhar para fora é importante? Porque muitas vezes uma estimativa análoga baseada no desempenho passado nos dá uma falsa visão de realidade. Se historicamente um indicador ruim é replicado, olhando apenas internamente teremos a impressão que uma melhora nesse indicador é um ponto forte quando na verdade se compararmos ao mercado veremos que o desempenho médio da concorrência faz ele estar abaixo do esperado, sendo conseguinte uma fraqueza a ser retificada.

Todos precisamos de direcionadores que orientem nossas ações, uma missão legitimada, uma visão viável e inspiradora, objetivos e metas bem definidos, assim como valores comuns. Esses são ingredientes chaves para o sucesso da estratégia empresarial, pessoal ou familiar. Precisamos saber para onde estamos seguindo, como e com que nós podemos contar, quais são nossas necessidades, potencialidades, enfim, precisamos de pontos focais e parâmetros para conseguirmos desenvolver um pensamento crítico independente do campo de atuação que estejamos analisando.

Mas conceituar apenas não garante resultados positivos, a execução e o controle do que foi planejado são cruciais para que todo essa ação logre êxito. Muitas vezes o esforço do planejamento é negligenciado na fase de execução e só percebemos os danos dessa péssima prática quando a realização já está muito longe do resultado esperado. Precisamos acompanhar as variações e sempre que possível aplicar medidas para realinhar à execução de forma que ela reflita o planejamento, ainda que com o desenrolar dos fatos notemos que seja inevitável replanejar ao invés de apenas ajustar o curso, o que pode ser um belo exemplo de tática.

A tática definiria os níveis de variação aceitáveis, por exemplo, e quais medidas seriam adotadas para alguns possíveis fatores de variação. A tática reina nesse campo execução-controle-replanejamento orientando a ação em si.

Retornando a citação inicial de Confúcio podemos  entender bem esse conceito, a tática sem a direção confiável de uma estratégia bem elaborada é meramente um compendio de indicadores e medidas sem aplicabilidade. A falta de planejamento enfraquece qualquer ação.

Já uma excelente estratégia sem um plano de ação (tática) pode inclusive jamais sair do papel. É preciso tangibilizar em ações o que foi planejado no campo das idéias e acompanhar isso através de indicadores que reflitam o avanço rumo à meta.

Abraham Lincoln sintetiza essa relação planejamento x execução com uma sabedoria indelével “Se eu tivesse 8 hora para derrubar uma árvora, passaria 6 horas afiando meu machado”.

Não se trata de priorizar planejamento ou execução, mas sim buscar direcionar o esforço na medida certa, de forma útil, para que o objetivo final seja alcançado da melhor forma possível.

 

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