EQUIPE, PRA QUE TE QUERO?!
Posted 14/03/2012
on:Muito se fala dos benefícios do trabalho em equipe, mas dificilmente paramos para pensar em que exatamente isso consiste. É óbvio que o ser humano é um animal social, mas para se chegar a uma visão dos encadeamentos que levam ao trabalho em equipe precisamos de fato analisar o ambiente em que essa questão associativa se desenrola.
Não somos sociais que nem abelhas e formigas, pois ainda que concordemos em cooperar uns com os outros, dificilmente abandonaremos nossas aspirações pessoais em prol do coletivo. Os demais animais se sentem felizes se suas necessidades fisiológicas, de segurança e de pertencimento estiverem contempladas, mas o homem sonha e seus sonhos moldam o mundo e conseqüentemente sua maneira de se relacionar com ele.
Jon Katzenbach disse uma vez que “A essência do desempenho de uma equipe se resume a pessoas com habilidades diferentes que trabalham juntas numa mesma tarefa, que poderão captar as habilidades complementares das outras e chegar a um produto do trabalho coletivo de maior valor”. Esse “maior valor” em questão tem que ter valor individual para justificar o esforço coletivo, senão caímos em outro clichê batido, mas superficialmente debatido: a motivação.
O comportamento humano é basicamente formado por 3 fatores:
Necessidade: aquilo que nos move prioritariamente;
Valor: aquilo que acreditamos ser correto, o canal de ligação entre a nossa individualidade e o ambiente em que estamos inseridos.
Modelos Mentais: são imagens, figuras, histórias e arquétipos que carregamos profundamente enraizados na nossa mente.
Esses fatores se combinam e interagem diretamente com o ambiente no quais estão inseridos, e historicamente esse ambiente é competitivo.
A cooperação ocorre com um plano de fundo de competição que é o verdadeiro motivo para cooperarmos. Uma situação será considerada como de cooperação se as partes perceberem que seus objetivos serão alcançados se todos os outros envolvidos também alcançarem os seus (ética?!). Quando notamos que não podemos fazer tudo sozinhos e fechamos parcerias deixamos a interdependência promover a cooperação.
Tendemos a fazer um juízo de valor negativo em relação à competição e nos esquecemos que ela tem sido um dos mais importantes motores da inovação e do progresso.
É muito difícil encontrar uma única pessoa com todas as características e habilidades necessárias para um projeto, mas uma equipe é possível. Mesmo numa equipe compostas por pessoas de formação semelhantes altamente especializados é possível verificar trocas positivas em trabalhos em equipe, devido aos modelos mentais e aos valores oriundos das experiências de vida de cada individuo. Em equipes multidisciplinares as trocas (e os conflitos) podem ser ainda mais amplos. Seguindo essa linha fica claro que mesmo nas equipes mais alinhadas o principal ator continua sendo o individuo. Nas verdade esses conceitos apenas parecem conflitantes quando na verdade são complementares e existem em um equilíbrio dinâmico de trocas constantes.
No entanto vale a ressaltar que o trabalho em equipe não é a simples soma de trabalhos individuais, mas sim algo produzido em conjunto, logo se o resultado é uma colcha de retalhos e não um todo coeso não houve trabalho em equipe.
Não se preocupe em criar um dream team, uma equipe perfeita, pois se as pessoas são imperfeitas não podemos esperar essa característica em algo estritamente baseado nelas. Preocupe-se com comprometimento, confiança, respeito e propósito. Estimule e facilite a comunicação (menos ruídos, menos conflitos), proporcione a criação de uma identidade e a partir dela estabeleça papeis, responsabilidade e procedimentos. O líder deve atuar muito mais como bússola do que como seta. Ele orienta, respalda, monitora e inspira, mas não interfere diretamente no trabalho, pois confia nas pessoas para quem delegou as tarefas. Se não confia é porque não é um bom líder, não escolheu os perfis certos, não promoveu a integração, não delegou corretamente e não merece estar na liderança.
O líder como facilitador do sucesso da empreitada deve estimular um clima favorável, proporcionar metas desafiadoras que estimulem o melhor de cada membro da equipe em prol de um objetivo coletivo. É sua responsabilidade mediar conflitos, corrigir rumos e assumir a responsabilidade pelo todo.
Através desse compromisso com sua equipe ele obtém o retorno em confiança e resultado.
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4 Respostas to "EQUIPE, PRA QUE TE QUERO?!"
Muito bom Irene! I loved it and I agree with!! Tks!
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16/03/2012 às 22:02
I agree, this is a best article.A successful blog needs unique, useful content that interests the readers
Irene Ciccarino
17/03/2012 às 10:04
Thanks!
I’m glad to be helpful : )